• Novo minicurso: Como Viver Até os 100 Segundo a Medicina Chinesa

    A Medicina Chinesa tem como princípio fundamental o cultivo de uma vida saudável e longeva, para podermos ter condições de alcançar a felicidade. Seu primeiro e principal livro, o “Tratado Interno do Imperador Amarelo”, discute profundamente os hábitos, as premissas e os amadurecimentos psicoemocionais para que isso seja realmente possível. Mas será que esses preceitos se aplicam ao mundo de hoje?

    O escritor Dan Buettner vem há décadas estudando as 5 Zonas Azuis – comunidades onde as pessoas têm vidas longas, saudáveis e felizes. Após vários livros publicados, recentemente a Netflix lançou uma excelente série, guiada pelo próprio autor: Como Viver até os 100. As cinco regiões do mundo (Okinawa, no Japão, Loma Linda, nos Estados Unidos, Icária, na Grécia, Península de Nicoya, na Costa Rica, e a Sardenha, na Itália) são ricamente detalhadas.

    Neste minicurso, o Prof. Edgar Cantelli, junto da sua turma de estudos do “Tratado Interno do Imperador Amarelo”, discutem todos os tópicos levantados como características marcantes e definidoras das Zonas Azuis segundo o entendimento da Medicina Chinesa. Estudamos as características de estilo de vida, de alimentação, de hábitos, de comunidade. Revela-se assim que esta Medicina, por estar baseada e alinhada com a natureza no sentido mais amplo, segue sendo um caminho seguro, prático e maravilhoso para o cultivo de uma saúde viável e coerente.

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  • Genética, epigenética e o conceito de Essência pela Medicina Chinesa

     
    Charles Darwin

    Charles Darwin foi o pai da teoria evolucionista que se tornou uma das bases de pensamento para o desenvolvimento da genética. Esse é hoje um dos ramos da ciência médica mais promissores de grandes revoluções no tratamento das doenças passadas pelo nosso código genético – DNA – como o diabetes, alguns tipos de câncer, dentre outros. Certamente Darwin teria muito prazer em trocar algumas idéias com Huang Di, o Imperador Amarelo, patriarca da Medicina Chinesa, autor do “Nei Jing” – o Tratado sobre o Interior – pilar fundamental dessa medicina. Digo isso pois, a cada dia que passa, a visão da medicina moderna alopática, no campo de estudo da genética, se aproxima da visão ancestral do conceito de Jīng (精 – Essência) da Medicina Chinesa

    Esse é um dos conceitos mais particulares da Medicina Chinesa, sendo ao mesmo tempo bastante complexo e abrangente. Para a Medicina Chinesa, possuimos cinco Substâncias Vitais:  Shén (神 – Mente), Qì (氣 – Energia), Xuè (血 – Sangue), Jīn Yè (津液 – Fluídos Corpóreos) e Jīng (精 – Essência). Toda nossa saúde depende do equilíbrio interdependente dessas cinco substâncias. A Essência, dentre todas, é a mais difícil de ser compreendida por nós ocidentais por não possuir uma equivalência próxima no nosso modo de ver o organismo.Na verdade a correlação mais próxima que podemos fazer é com o DNA, pois o conceito de Essência embloba a visão de que a nossa saúde de base, fundamental, constitucional é em grande parte transmitida pelos nossos pais e até mesmo pelos nossos avós. Isso é conhecido na Med. Chinesa como Essência Pré-Natal, ou seja, uma qualidade energética que herdamos antes de nascermos. Para saber mais sobre a geração dessa Essência, veja esse texto sobre gestação. Até aí tudo muito parecido com o DNA. A diferença se dá quando percebemos que não temos somente uma qualidade, mas também uma quantidade de Essência. Por ser considerada um tipo de energia que compõe o nosso organimo, ela possui uma quantidade que será utilizada em muitos processos fisiológicos do corpo, especialmente naqueles que dizem respeito ao crescimento, às transformações e à reprodução sexual.

    Lamarck
     

    Na prática podemos entender didaticamente essa Essência como uma poupança. Toda energia que podemos gerar num dia, através da alimentação e da respiração, é nossa conta corrente. Toda vez que faltar energia na conta corrente, por um desgaste, por um trauma, por uma doença prolongada, por exemplo, nosso corpo “sacará” dessa Essência. Daí voltamos ao ponto da qualidade. Quando utilizamos da nossa Essência podemos disparar, ou despertar, tendências de formação de doenças que herdamos. Ou na linguagem da genética, ativamos os genes responsáveis pela formação daquela doença.

    Uma nova ciência está em nascimento, a epigenética, que percebeu que não é somente o DNA que é responsável por todas as nossas características e por toda as nossas chances de desenvolvermos doenças hereditárias, como até pouco tempo a ciência médica se baseava. Ela percebeu que os hábitos e o estilo de vida dos pais influenciam a ativação ou não de determinados genes do código genético de seus filhos. A geneticista Emma Whitelaw, do Instituto de Pesquisa Médico Australiano de Queensland, publicou uma pesquisa em 1999, mostrando que a alimentação durante a gestação pode influenciar ativamente a ativação de genes na geração seguinte, aspecto até então considerado impossível pelas premissas da genética tradicional, que, desde Darwin, considerava que uma mudança genética deveria levar várias gerações para acontecer. Na pesquisa, Whitelaw alimentou uma rata prenha ricamente em ácido fólico, soja e vitamina B12. Apesar de possuirem os genes para serem obesos, terem a pelagem amarelada e com grandes chandes de terem diabetes e câncer, os filhotes nasceram saudáveis, magros e com a pelagem amarronzada. A epigenética desde então vem crescendo com uma série de novas pesquisas nessa mesma direção, comprovando as teorias de outro grande pensador, Lamarck, que há 200 anos publicou Filosofia zoológica onde já delineava a visão de que os hábitos de uma geração influenciam diretamente na próxima. Apesar da importância de suas teorias, hoje Lamarck é praticamente esquecido academicamente, enquanto que Darwin é constantemente louvado.

    Huang Di - O Imperador Amarelo

    Esse é outro ponto de convergência com a visão da Medicina Chinesa. Pois, além da Essência Pré-Natal, desde os tempos do Imperador Amarelo, consideramos que possuimos a Essência Pós-Natal. Para compreendê-la, voltaremos ao exemplo da poupança / conta corrente. Se quando consumimos a nossa conta corrente nosso corpo saca da poupança, por outro lado quando sobra energia na conta corrente o organismo é capaz de guardar uma parte dessa sobra como a Essência Pós-Natal. Infelizmente essa capacidade de estocar a energia gerada no dia a dia é bem limitada. Mas ela é uma parte importantíssima da Essência como um todo, pois quando corpo precisa utilizá-la, ele procura consumir primeiro a Pós, antes de utilizar da Pré, pois a Pré, infelizmente também, é a única forma de energia ou fluído do corpo que não possui reposição.  Isso se torna ainda importante quando percebemos que a morte, na visão da Medicina Chinesa, se dá quando consumimos totalmente a Essência Pré-Natal.

    Portanto, quando os pais formam a Essência Pré-Natal de seu filho, o fazem através da sua Essência Pré-Natal e também da sua Pós-Natal, o que determinará tendências e características permanentes em seu filho, como a cor de seus olhos, mas outras que terão mais chances de se desenvolver como a formação de uma doença, como a diabates tipo 1.

    A Medicina Chinesa é primordialmente preventiva. Isso não é marketing barato. Isso é a própria lógica dessa forma de ver a saúde. A importância de termos hábitos saudáveis é fundamental para a nossa saúde e longevidade, mas também para a qualidade de vida de nossos filhos, de uma forma que ainda não compreendemos totalmente. E nosso ponto, Darwin, Lamark e Huang Di concordariam completamente.