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Curso de Aprofundamento em Diagnóstico e Diferenciação de Síndromes aos fins de semana
A Medicina Chinesa possui uma lógica única que fundamenta sua forma de ver a saúde e a doença. Esta forma de pensar não é próxima da nossa forma habitual de vermos o funcionamento do nosso organismo. O praticante ocidental da Medicina Chinesa tem normalmente muita dificuldade de interiorizar a forma como se coleta, organiza, prioriza, raciocina e por fim conclui os dados clínicos de seus pacientes. Esse curso vem atender essa lacuna, trazendo, através do exercício prático, o pensamento taoista que fundamenta essa Medicina.
Objetivo: aperfeiçoar a prática diagnóstica, a interpretação dos dados e o raciocínio da Medicina Chinesa, melhorando o exercício das suas ferramentas, como a acupuntura, a massagem chinesa Tui Na e a fitoterapia.
Pré-requisitos: profissional formado em alguma área da Medicina Chinesa (acupuntura, massagem Tui Na, fitoterapia) ou estudante de curso de formação com 50% do curso completo.
Conteúdo programático:
Através de exercícios práticos, baseados em casos reais, feitos em grupo e individualmente, iremos aprofundar:
- A elaboração da anamnese;
- O interrogatório;
- A pulsologia;
- A Semiologia da Língua;
- A Diferenciação de Síndromes pelos Oito Princípios (Ba Gan);
- As Funções dos Órgãos e Vísceras (Zang Fu);
- A Diferenciação de Síndromes pelos Órgãos e Vísceras (Zang Fu);
- Os Fatores Patogênicos Exógenos;
- Os Fatores Patogênicos Endógenos;
- A Síndrome Bi (Síndromes de Obstrução Dolorosa);
- Função dos pontos para os tratamentos dos casos estudados durante o curso.
Ministrante: Edgar Cantelli Gaspar
Datas: nos domingos de 18/9, 9/10, 20/11, 18/12 e 22/01/12, das 9hs às 16hs.
Investimento: R$275,00 mensais.
OBS.: alunos já formados neste curso podem refazer o curso ou alguma aula específica com 50% de desconto.
Local:Sociedade Taoísta do Brasil – Av. Liberdade, 113 – 3º andar. Próximo ao metrô Liberdade.
Contato: 3105-7407 / 9631-3005 – stb-sp@sociedadetaoista.com.br
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Encerramento curso de Aprofundamento em Diagnóstico
O mergulho na tradição de conhecimento da Medicina Chinesa é ao mesmo tempo fascinante e assustador. A forma de entender a fisiologia humana dessa Medicina é magicamente amarrada. E isso normalmente encanta o terapeuta que inicia seus estudos. Mas após alguns metros de mergulho ele passa a ser muito perturbador, pois percebemos que o buraco realmente é muito fundo. E que, para atendermos um paciente de maneira verdadeira, responsável e eficaz, precisamos atingir níveis mais avançados rapidamente. Mas a cada nível descobrimos ainda mais caminhos de aperfeiçoamento, sentindo-nos, muitas vezes, iniciantes, inseguros, ingênuos. Mas é essa justamente a postura que as tradições orientais indicam que o caminhante permaneça no seu aperfeiçoamento, enfrentando suas inseguranças, sem desistir do Caminho, mas sem nunca considerar que não precisa mais avançar. A xícara deve permanecer vazia.
Como é gratificante encerrar mais uma turma do Curso de Aperfeiçoamento em Diagnóstico e perceber no último encontro que toda a turma ainda permanece nessa postura. Estão todos no Caminho certo. E foi uma honra mergulhar de mãos dadas com vocês num trecho desse Caminho. Obrigado.
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Novo fórum de discussão de Medicina Chinesa
Trabalhar com Medicina Chinesa no Brasil é um caminho de modo geral solitário. Quando estamos na fase de formação isso não surge como um sentimento tão presente. Mas quando já estamos formados e iniciamos nosso trabalho clínico, com estudos auto-didáticos e cursos eventuais de aperfeiçoamento, a falta de troca de informações com professores e outros profissionais pode se tornar angustiante.
É com satisfação portanto que ajudo na divulgação de mais uma iniciativa louvável da EBRAMEC (Escola Brasileira de Medicina Chinesa), que criou um fórum aberto e gratuito de discussão de temas importantes e pertinentes da Medicina Chinesa, como os textos clássicos e discussões de casos.
Eu estou participando como moderador do fórum de discussão de Massoteria Chinesa Tui Na e de Xiao Er Tui Na (Massoterapia Pediátrica Chinesa).
Convido todos os meus colegas, alunos e ex-alunos para participarem: http://www.ebramec.com.br/forum/
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Nova revista de Medicina Chinesa no Brasil
Uma ótima notícia para os profissionais e estudantes de Medicina Chinesa no Brasil: agora temos uma revista especializada da nossa área, feita por profissionais sérios e compentes. A revista Medicina Chinesa Brasil é trimestral e já está na sua segunda edição. Além de artigos interessantes, editorados pelo Dr. Reginaldo de Carvalho Silva Filho, diretor da EBRAMEC, e pela equipe da revista a revista conta também com a divulgação de cursos, simpósios, encontros e outras informações interessantes e úteis para nós, profissionais de Med. Chines.
A assinatura da revista em seu formato digital é gratuita.
É só preencher o cadastro no site: http://www.medicinachinesabrasil.com.br
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Cultivando a Vida – Lançamento do livro
É absolutamente claro pra mim depois de anos trabalhando na recuperação da saúde de pacientes que todos nós precisamos de mais ferramentas para a manutenção de nossa saúde do que normalmente consideramos. Vivemos hoje um estilo de vida que gera muitos fatores, alguns pequenos e outros de grande importância, mas que somados facilmente nos levam a algum tipo de desequilíbrio gerador de patologias. Excesso de atividade intelectual, sobrecarga emocional, dormir poucas horas e ainda tarde, ar poluído, alimentos contaminados, epidemias, dentre inúmeros outros.
Penso então que precisamos de muitas ferramentas que, também somadas, possam nos ajudar neste dia-a-dia: alimentação saudável, regulação dos horários e das quantidades das nossas atividades, meditação, espiritualidade, dentre outras. Dentre essas práticas de cultivo da saúde, têm destaque especial o Qi Gong (Tchi Kung) e o Tai Ji Quan (Tai Chi Chuan). Essas práticas são tão valiosas que são consideradas como ferramentas clínicas da Medicina Chinesa, tanto para recuperação, mas especialmente para manutenção da saúde.
Como essas práticas não fazem parte da nossa cultura ocidental, indico o livro “Cultivando a Vida – Benefícios da Prática Regular do Tai Ji Quan e do Qi Gong”, do meu grande amigo e mentor no Caminho taoista Wagner Canalonga. Wagner é sacerdote taoista, regente do Templo do Tesouro do Espírito em São Paulo. É também terapeuta de Medicina Chinesa com larga experiência clínica, além de renomado professor de Tai Ji Quan e Qi Gong. Por toda essa experiência, e também pela sua excelente didática, Wagner conseguiu desenvolver esse excelente livro para quem já é praticante e também para quem está procurando mais informações sobre as práticas corporais de origem taoista.
O livro será lançado oficialmente num evento no próprio Templo do Tesouro do Espírito, sede da Sociedade Taoista em São Paulo, no dia 15 de maio. Além do conhecer o autor, é uma boa oportunidade para conhecer mais das práticas e do taoísmo, pois durante o evento será realizado um ritual taoista e também uma aula aberta de Tai Ji Quan, com a Profa. Elieté Ramos. Para saber mais detalhes, clique aqui.
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O leite e a formação de Mucosidade
Quando em alguma palestra ou aula falamos sobre a Dietologia da Medicina Chinesa, é quase inevitável que em algum momento alguém nos pergunte: mas e o leite? O leite e seus derivados são um tema controverso na nutrição mundial. Muitos estudos feitos tentam comprovar seus benefícios, assim como seus malefícios, e a população ocidental, que culturalmente tem o leite como uma das bases da sua alimentação, continua sem total consciência de como ele altera nossa fisiologia.
Para entendermos esse mecanismo precisamos primeiro conhecer um princípio fundamental da nossa digestão, segundo a visão da Medicina Chinesa, que é a formação do que chamamos de Mucosidade (痰饮 – Tan Yin). A Mucosidade é um resíduo formado pelo mau funcionamento do Estômago (胃 – Wèi) e do Baço (脾 – Pí). Segundo a Medicina Chinesa, o Estômago (胃 – Wèi) tem a função de preparar os alimentos que comemos para o aproveitamento energético e nutricional. Já o Baço (脾 – Pí) transforma o que pode ser aproveitado pelo corpo em energia nutritiva que será utilizada, dentre outras funções, para a geração do Sangue (血 – Xuè). Toda vez que o Estômago (胃 – Wèi) e o Baço (脾 – Pí) entram num quadro de hipofuncionamento, ou seja, quando eles têm suas funções feitas numa velocidade mais lenta e com menos eficácia, começamos a ter a formação desse resíduo, chamado de Mucosidade (痰饮 – Tan Yin).
Ela é considerada o pior dos fatores geradores de doença que nosso corpo pode criar quando está em desarmonia. Isto porque esse resíduo pode se acumular de muitas maneiras, gerando inúmeras patologias. Pode se acumular em forma de muco propriamente dito, alojando-se no pulmão e gerando asma, bronquite, tosses crônicas, pigarro. Pode também se acumular em forma de gordura, gerando obesidade. Ou então em forma de retenção de líquidos, gerando edemas. Mais profundamente, pode alojar-se nas articulações, causando obstrução circulatória, dor e deformidade óssea, como na artrite reumatóide. Ou, ainda, esse resíduo pode gerar má formação celular, sendo, dentro da Medicina Chinesa, sempre uma pré-condição para a geração de um tumor ou câncer.
Dentre os alimentos mais comuns da alimentação ocidental, o leite e seus derivados formam a categoria que mais facilmente gera Mucosidade (痰饮 – Tan Yin). O leite de origem bovina é de muito difícil digestão para o nosso trato digestório, favorecendo a formação desse resíduo. Já o leite materno é exatamente o oposto. Por ser próprio para a fisiologia humana, o bebê o digere rapidamente e com o máximo de aproveitamento nutricional e energético.
Os chineses de modo geral não ingerem leite e seus derivados. Leite de vaca, iogurte, sorvete e queijo são alimentos que ainda são raros na alimentação chinesa e na verdade eles chegam até a ter aversão a esse tipo de alimento. Mesmo com os bebês, os chineses não dão leite de vaca após o período de amamentação. Vários estudos epidemiológicos já foram realizados procurando entender o motivo que faz com que os índices de câncer de mama, de ovários, de próstata, de intestino, dentre outros, sejam muito menores na população chinesa do que na ocidental. Esses estudos também apontam a ingestão do leite como um dos principais motivos para essa importante diferença. Outros motivos são os demais hábitos alimentares saudáveis que os chineses possuem, além de uma grande cultura que incentiva a atividade física regular em todas as idades.
Na nossa linhagem de Medicina Chinesa, de origem taoista, não entendemos como harmoniosos os extremos. Por isso sugerimos que não retiremos por completo o leite da nossa alimentação, mas que diminuamos a sua ingestão e de seus derivados. Isso torna-se ainda mais importante para pessoas que apresentam algum grau de deficiência na digestão (como digestão lenta, formação de gases, azia) e especialmente para quem já apresenta sinais e sintomas de Mucosidade (痰饮 – Tan Yin) acumulada.
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A chegada do Outono e orientações para a nossa alimentação
Hoje estamos no primeiro dia do Outono. E, pelos sinais que tivemos nas últimas semanas, teremos um Outono e um Inverno bastante frios. A Medicina Chinesa sempre vê o homem inserido nas mutações da Natureza, podendo vivê-las de maneira harmônica ou desarmônica, com reflexos diretos na sua saúde.
Dentre muitas considerações sobre essa época do ano, a mais importante e prática talvez seja a de que nas estações frias do ano temos menos energia disponível no ambiente. A nossa fisiologia tem duas principais fontes de absorção de energia: o que o nosso aparelho digestório é capaz de gerar do que comemos e o que o nosso aparelho respiratório é capaz de gerar com o que respiramos. Em termos físicos podemos ter a mesma quantidade de gases que compõem a atmosfera. Mas, em termos energéticos, nessa época do ano temos menos Qi (energia) que pode ser captada pelos nossos pulmões.
Assim, passamos então a depender mais ainda do que comemos para manter nossa saúde. Pensando nisso, divulgamos essa pequena compilação de dicas muito simples, mas que podem favorecer nossa alimentação.
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Quem tiver alguma dúvida ou comentário, é só nos escrever.