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Formação em Massoterapia Tradicional Chinesa Tui Na – 中 國 推 拿 – no EBRAMEC
A Massoterapia Chinesa é amplamente difundida pelo mundo e é a responsável pelo surgimento de importantes outras técnicas, como o Shiatsu (massagem japonesa).
A Massoterapia Chinesa envolve um grande número de manobras e manipulações que permitem um estímulo e tratamento adequado dos pacientes, sejam adultos ou crianças.
Objetivo: Qualificar os alunos para a atuação profissional, mediante a utilização de técnicas de massagem de origem oriental, para benefício global dos pacientes.
Duração Mínima: 07 finais de semana
Público alvo: Pessoas interessadas no aprendizado da massoterapia chinesa em padrões elevados
Pré-requisitos:
Formação – Todos os interessados com Ensino Médio
Pós Graduação – Graduados na área da saúde
Conteúdo Programático:
- Fundamentos da Medicina Tradicional Chinesa;
- Diagnóstico da Medicina Tradicional Chinesa;
- Canais e Colaterais aplicados a Massoterapia;
- Tui Na Adulto;
- Princípios elementares de cada manobra;
- Mais de 20 manobras diferentes (e seus diverso sub-tipos);
- Tratamento de alterações através de Tui Na;
- Reflexologia Podal.
Certificação:
Certificado de Formação Profissional
Ministrante(s):
Coordenação:
– Reginaldo de Carvalho S. Filho – Fisioterapeuta, Doutorando pela Escola Paulista de Medicina, Pós Graduado em Acupuntura com estudos avançados na Shandong University of TCM (China), Diretor Geral da EBRAMEC.
Mais informações: www.ebramec.com.br – (0xx11) 2605-4188 / 2155-1712/2155-1713/2155-1719
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Curso de Formação em Massagem Chinesa Tui Na – 中 國 推 拿
Uma das técnicas preciosas da Medicina Tradicional Chinesa
Este curso livre, muito precioso e especialmente elaborado pelo Mestre Liu Chih Ming e ministrado no CEMETRAC, contendo conhecimentos teóricos e aulas práticas tem a finalidade de divulgar esta milenar massagem chinesa.
Atualmente esta massagem é muito conhecida no mundo devido a sua grande capacidade de ajudar o paciente, conseguindo efeitos terapêuticos importantes e respostas rápidas para vários tipos de problemas.
O aluno irá aprender:
– História da massagem Tui Na
– Teorias Fundamentais da Medicina Chinesa (Yin e Yang, 5 Movimentos, Órgãos e Vísceras, Canais e Colaterais, Diagnóstico, dentre outras)
– As 11 técnicas principais e suas derivações, totalizando dezenas de técnicas e manipulações
– Pontos mais importantes para aplicação clínica
– Massagem para tratamento de estresse
– Reflexologia podal
– Massagem para a coluna
– Tui Na para crianças
– Anatomia
– Técnicas secretas para tratamento de doenças com a massagem
– Técnicas para manutenção e recuperação da energia do terapeuta
– Atendimento em ambulatório
Onde: CEMETRAC – R. Pirapitingui, 156 – Liberdade (próximo ao metrô São Joaquim)
Duração: 01 ano (quatro quartas-feiras / mês)
Supervisão: Mestre Liu Chih Ming
Professor: Edgar Cantelli Caspar
Professor de Anatomia: Dr. Liu Chun Lin
Horário: das 19hs às 21hs
Início das aulas: 02/03 /2011
Informações e inscrição: (11) 3209-8189 / (11) 3341-6038
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Curso de Massagem Pediátrica Chinesa – Xiǎo Ér Tuī Na – 小 兒 推 拿
A massagem ped
iátrica chinesa é uma especialização dos conceitos da Medicina Tradicional Chinesa, aplicada às crianças de 0 a 12 anos de idade. Consiste em uma prática distinta, pois as crianças apresentam uma configuração energética diferente da dos adultos.
Objetivo: Capacitar profissionais e estudantes para a aplicação das técnicas específicas da massagem pediátrica chinesa.
Conteúdo:
• Introdução e antecedentes históricos da Massagem Pediátrica Chinesa;
• Contra-indicações;
• Conduta profissional;
• Introdução a teoria de Yin e Yang e 5 Elementos
• Fisiologia e patologias energéticas infantis ;
• Avaliação;
• Avaliação pela VDI ;
• Características do Xiao ER TUI NA;
• Princípios de aplicação da massagem;
• Localização dos principais pontos a serem manipulados;
• Técnicas de manipulação infantil;
• Aplicação das técnicas para alterações específicas infantis.
Ministrante: Helena Guimarães
Local: Escola Brasileira de Medicina Chinesa
Datas: 12 e 13 de fevereiro e 12 e 13 de março. Sábados das 9hs às 17hs e domingo das 9hs às 12hs.
Contato: Rua Tobias Barreto, 1243 / 1245 – Belém – São Paulo – SP – Fone: 0xx11 2605-4188/ 2155-1712/2155-1713 – ebramec@ebramec.com.br
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Um tratamento com Acupuntura é caro demais?
Nas últimas semanas alguns pacientes e, principalmente, vários alunos vieram conversar comigo sobre as questões financeiras que envolvem um tratamento com Medicina Chinesa, especialmente através da Acupuntura. Será que o tratamento de Acupuntura é caro demais? Será que é elitista? Será que vale a pena?
É claro que não tenho a pretensão de responder a perguntas tão abrangentes e complexas num simples artigo. Assim como acho absurdo um artigo dito “científico”, com base numa pesquisa quantitativa limitada, desqualificar toda a Medicina Chinesa, não poderia chegar aqui e dizer simplesmente: sim, vale a pena. Meu princípio aqui é refletir, discutir, trazendo a visão e a experiência de quem vive dessa Medicina, mas também de quem cuida da própria saúde e da sua família através da Medicina Chinesa.
É importante entender inicialmente que qualquer Medicina está inserida e é fruto de um contexto cultural. É óbvio, mas é importante lembrar, que a Medicina Ayurvédica, por exemplo, só poderia se originar, se aperfeiçoar e se difundir na cultura hindu. A Medicina Alopática, ou ocidental, ou científica, ou qualquer outra denominação que se utilize, só poderia também ser originada e utilizada numa cultura que tem, ou tinha, como base, as visões cartesiana e newtoniana. E também a Medicina Chinesa nasceu de uma cultura chinesa de um determinado período, que tinha como fundamento a lógica e os princípios taoístas da vida, da saúde, do Universo. Lembrar dessa diferenciação é fundamental, pois nossa visão ocidental tende a ser bastante arrogante, considerando a nossa forma de entender a ciência, a medicina, e toda a vida, enfim, como sendo a única ou pelo menos a mais avançada, moderna e, por isso, a mais apropriada.
Essas diferenças culturais geram entendimentos completamente diferentes do que é saúde, doença, diagnóstico e tratamento em cada Medicina. É inerente à Medicina Alopática a fragmentação, o aprofundamento no detalhe, a reprodução do experimento científico. É princípio da Medicina Chinesa a visão global, o agrupamento de sinais e sintomas, a individualização do tratamento, e unificação do homem inserido nas condições do tempo e do espaço. E cada uma delas teve seu avanço e hoje tem sua forma terapêutica sobre essas características particulares.
Hoje temos então terapeutas que, como nós, seguem uma linhagem tradicional ou que ao menos tentam praticar a Medicina Chinesa, e especificamente a Acupuntura, de forma tradicional num país de cultura de outra origem e que tem como Medicina local, vigente e dominante a Alopática. Esse contexto origina situações curiosas, como, por exemplo, a de um paciente que há algumas semanas me sugeriu que eu passasse a atender em série, ou seja, de forma mais rápida, prática e específica para que pudesse atender muitas pessoas por hora e, assim, conseguisse baratear o custo do meu atendimento, que ele considera caro.
O modelo proposto pelo meu paciente é exatamente o modelo ocidental e moderno de atendimentos de saúde. E até é possível trabalhar com Acupuntura dessa forma, tanto que hoje, no Brasil, na China e em qualquer lugar do mundo, encontramos terapeutas praticando esse modelo. Só que foi exatamente esse modelo que falhou no seu caso e por isso ele precisou buscar a Medicina Chinesa. E foi a Medicina Chinesa, no seu modelo tradicional de atendimentos individualizados, demorados, com um diagnóstico abrangente, que considera a manifestação da doença, mas também sua origem, que conseguiu melhorar o seu caso quase que completamente, estando o seu tratamento hoje numa fase final. Por que então ele me propôs que mudasse minha forma de trabalho se foi justamente esse diferencial que beneficiou seu quadro clínico?
Percebe-se então aqui a importância da cultura. Quanto é caro? O que vale a pena? Essa avaliação é muito pessoal, mas está carregada de dogmas culturais. Nós podemos considerar que R$300,00 por mês, por exemplo, é caro demais para um tratamento de Acupuntura que em alguns casos pode levar 3 meses, 6 meses, 1 ano ou até mesmo não ter um fim para patologias crônicas e graves. Mas praticamente todos nós temos como certo a obrigatoriedade do pagamento de um plano de saúde que, para uma pessoa na terceira idade por exemplo, pode chegar a valores médios de R$700,00. Por que aceitamos sem dificuldades pagar regularmente por um modelo de Medicina, mesmo que não o utilizemos regularmente? Ou que para um atendimento mais profundo precisamos recorrer a uma consulta com um médico particular?
Novamente, não é meu objetivo aqui discutir se é válido ou não o pagamento regular de um plano de saúde. A Medicina Alopática tem recursos incríveis e ferramentas muito mais eficazes do que as da Medicina Chinesa para determinados tratamentos. Mas o objetivo aqui é simplesmente refletir nossa cultura no que diz respeito à saúde de maneira um pouco mais afastada e ampla, coisa que não fazemos regularmente.
Outra demonstração da importância dos valores culturais na avaliação do custo-benefício de um tratamento ocorreu recentemente. Uma paciente vinha para atendimentos de Acupuntura e Massagem Tui Na de maneira muito irregular. Ela não fazia de fato um tratamento, mas simplesmente aliviava alguns sintomas nas consultas que fazia conosco. Justificava a impossibilidade de realizar um tratamento efetivo por questões financeiras e de disponibilidade de tempo. Até que viu na televisão a possibilidade do uso da Acupuntura como ferramenta estética. Via de regra não trabalhamos com a Acupuntura para fins estéticos específicos, mas vimos no interesse dessa paciente a abertura para tratar de algumas questões mais profundas de sua saúde, juntamente com a aplicação estética. Visando os benefícios estéticos ela passou a consultar-se duas vezes por semana.
Outra reflexão da importância da cultura na validação de um tratamento é quanto à troca ou não do terapeuta. Quando nos consultamos numa especialidade médica alopática e não temos resultado no tratamento trocamos de médico. Quando nos consultamos com um terapeuta da Medicina Chinesa e o tratamento não obtém o resultado desejado, o que fazemos? Consideramos que aquela Medicina não funciona, ou que ao menos não funciona para mim. Poucos cogitam trocar de terapeuta. Isso se deve ao conceito de que a Medicina Alopática é infalível. O erro ou limitação provavelmente no tratamento foi daquele médico. Damos inúmeras chances a essa Medicina então, com investimentos financeiros, de tempo e energia enormes. Mas se nossa dor não for aliviada em uma ou duas consultas de Acupuntura, já começamos a considerar que o investimento naquela Medicina como um todo não vale a pena.
No futuro pretendo trazer outras reflexões como essa sobre como é importante conhecer mais da cultura e dos princípios lógicos que originaram e que determinam a forma de entendimento e prática da Medicina Chinesa.
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Como a Massagem Tui Na pode beneficiar nosso estado emocional?
Fonte: http://www.all-about-acupuncture.com/ A massagem Tui Na, que é a massagem tradicional da Medicina Chinesa, é uma poderosa ferramenta clínica. Ela tem inúmeras aplicações e trabalha complementando a abrangência terapêutica da Acupuntura e da Fitoterapia. Porém, o paciente que não conhece um pouco mais dessas ferramentas da Medicina Chinesa, costuma relacionar a Acupuntura, e não a Massagem, com os tratamentos que envolvem questões psíquico-emocionais. De fato a Acupuntura possui resultados muito interessantes nas patologias que envolvem padrões emocionais crônicos, como depressão, tristeza, preocupação, pensamentos obsessivos, dentre outros. E também a Massagem Tui Na pode ser uma ferramenta auxiliar poderosa nesses casos. Mas qual é o seu mecanismo de ação?
A Massagem pode ter efeitos na Mente (Shen) por vários caminhos. O simples de relaxar os músculos e tendões, permitindo um fluxo de Sangue (Xue) e Energia (Qi), já proporciona um estado mental de mais fluidez e relaxamento, pois o cérebro, assim como todos os tecidos do corpo, já são melhor irrigados. A reflexologia podal é uma técnica muito utilizada pelos massoterapeutas da Medicina Chinesa e também tem efeitos calmantes muito poderosos. Além dessas questões mais gerais, o Tui Na, assim como a Acupuntura, pode tratar os sistemas energéticos que envolvem cada grupo emocional, por exemplo: a tristeza afeta o sistema energético do Pulmão. Assim como quando o Pulmão está afetado por alguma desarmonia isso se reflete numa tendência de maior tristeza na Mente (Shen). Assim, o terapeuta busca harmonizar esse sistema, tratando, além dos sintomas físicos, o estado emocional. Isso é feito através dos Canais de Energia (Jing Luo) e também dos pontos nesses Canais, que possuem efeitos específicos, como aumentar a atividade funcional de um sistema, ou eliminar alguma hiperatividade, aumentar a estrutura, dentre várias funções possíveis para um ponto.
Mas hoje quero trazer um tema pouco trabalhado, que são os benefícios que a massagem pode trazer aos aspectos emocionais, ao ser bem executada na região dorsal. Dentre os Canais (Jing) que correm superficialmente na região dorsal, e que por isso podem ser acessados pela Massagem ou pela Acupuntura, vamos estudar mais profundamente o Canal da Bexiga. Dentre várias características importantes sobre esse Canal, vamos destacar aqui o fato de ele ser o Canal mais Yang do corpo. O que significa isso? Ele é o Canal que possui o maior fluxo de Qi (Energia), o mais superficial e também o mais acessível. Ele é o maior Canal do corpo e o que possui o maior número de pontos. Ele se inicia no canto interno dos olhos, passa pela cabeça, corre pelo pescoço, pelas costas inteiras, desce pelo glúteo, coxas, pernas e termina no canto lateral do 5º dedo do pé. De todo esse trajeto, a região mais importante de ser trabalhada é a região dorsal. Isto porque nessa região seus pontos nos dão acesso aos aspectos energéticos de todos os Órgãos e Vísceras (Zang Fu).
Nessa região o Canal tem uma característica interessante e única: ele se divide em dois ramos, em dois caminhos. O primeiro deles, mais próximo à coluna, nos dá acesso à manipulação dos aspectos funcionais (Yang) e estruturais (Yin) dos Órgãos e Vísceras (Zang Fu). Já o segundo ramo nos permite trabalhar os aspectos emocionais relacionados a esses mesmos sistemas. Ou seja, voltando ao nosso exemplo da tristeza e do Pulmão, os sintomas físicos do Pulmão, como tosse e falta de ar, são melhor tratados pelo ponto relacionado ao Pulmão no ramo interno do Canal da Bexiga. Já a tristeza em si, que afeta o Pulmão, ou é decorrente de desarmonias no Pulmão, é tratada melhor pelo ramo externo do Canal da Bexiga.
Agora começamos a entender mais profundamente o porquê que é tão relaxante, física e emocionalmente, receber uma boa massagem nas costas. O nosso corpo possui um mecanismo muito inteligente de proteção aos sistemas internos. Quando uma emoção se torna crônica e pode afetar um Órgão Vital (Zang) ele procura exteriorizar esse efeito, essa estagnação. Uma das formas que ele faz isso é através desse 2º ramo do Canal (Jing) da Bexiga. Por isso esses pontos podem apresentar facilmente contraturas musculares, dores espontâneas ou serem sensíveis ao toque. Isso é tão importante que, na Medicina Chinesa, esses pontos são considerados pontos de alarme, ou seja, pontos que se forem sensíveis ao toque, podem ajudar a identificar qual é a origem emocional da Síndrome que está afetando o paciente.
Por isso, além de todos os efeitos físicos e energéticos que uma boa Massagem Tui Na pode trazer, é muito recomendável receber uma aplicação, que inevitavelmente deve passar por essa região dorsal, para também podermos usufruir destes benefícios emocionais. Esse é um dos principais motivos que faz a Massagem Tui Na ser uma ferramenta muito útil não só para tratamentos, mas também para prevenções e para a manutenção da saúde.
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Curso de Princípios da Medicina Tradicional Chinesa dias 19/09 e 17/10
Curso voltado a interessados em Medicina Tradicional Chinesa que não visam a formação profissional, mas o conhecimento do funcionamento energético humano para desenvolver a percepção da sua própria fisiologia energética e obter uma melhor manutenção da saúde e a prevenção de doenças.
Teorias de base
- A Medicina Tradicional Chinesa como arte taoista
- Breve histórico da Medicina Tradicional Chinesa
- Teoria de Yin & Yang
- 5 Movimentos
- Conceito de Qi – Energia Vital
- Substâncias Vitais
- Ba Gan – Os Oito Princípios do Diagnóstico Chinês
- Zang Fu – Órgãos e Vísceras pela visão da MTC e suas funções básicas
- Jing Luo (Canais e Colaterais)
- Horários dos Canais e suas recomendações básicas
- Introdução aos três fatores de doença
- Fatores patogênicos externos
- Fatores patogênicos internos e “nem um nem outro”
Prática
- Breve introdução ao Qi Gong
- 6 Sons de Lao Tzu
- Breve introdução à Dietologia
Ministrantes: Edgar Cantelli Gaspar & Helena Guimarães
Local: Sociedade Taoísta do Brasil
Datas: 19/09 e 17/10, das 9hs às 16hs
Contato: 3105-7407 / 9631-3005 – stb-sp@sociedadetaoista.com.br
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O problema da radiação dos telefones celulares
Há vários anos ouço do nosso Mestre em Medicina Chinesa, Liu Chih Ming, sobre a importância de evitarmos o uso do celular devido às consequências maléficas da sua radiação. Ele citou algumas pesquisas taiwanesas que já demonstravam que nesse país o número de cânceres cerebrais em especial havia crescido de forma significativa, mas que ele não entendia porque essas pesquisas não eram divulgadas ou repetidas nos países ocidentais.
Eu, mesmo sendo seu discípulo, sempre usei celular normalmente, atribuindo essas advertências a um certo exagero sobre os efeitos dessas modernidades tecnológicas, como os antigos tinham medo no início das ondas de rádio ou de televisão.
Acontece que recentemente troquei meu celular por um smarthphone Nokia E71, onde agora, além de fazer minhas ligações, concentro minha agenda, além de alguns documentos e também acesso meu email e até mesmo a internet. Obviamente passei a usar muito mais o aparelho do que usava meus celulares anteriores. Com algumas semanas de utilização comecei a notar algumas dores nas articulações dos dedos da mão, especialmente do dedo indicador, onde apóio o celular para digitar. Como utilizo muito a mão e os dedos na minha profissão e nas minhas atividades físicas, num primeiro momento não vi relação dessas dores com o uso do celular novo. Alguns dias depois comecei a sentir também dores agudas na região torácica, entre as escápulas. Mesmo sendo um profissional da área de Medicina Chinesa com alguma prática clínica, não conseguia diagnosticar a causa dessa dor tão forte que chegou a me deixar de cama por dois dias.
Somente após algumas semanas comecei a identificar um padrão interessante: as dores sempre começavam a surgir e se agravavam nos dias que eu utilizava por mais tempo o celular. Passei então a fazer um teste básico. Fiquei alguns dias utilizando-o de forma limitada e a dor desapareceu. Voltei a utilizá-lo livremente e a dor retornou.
Para minha grata surpresa, justamente nesse período de pesquisa, leio uma matéria muito bem feita na revista Época, com uma entrevista com a epidemiologista americana Devra Davis, na qual ela aborda os sérios riscos do efeito da radiação em nosso organismo.
De toda a entrevista, chamou-me a atenção o fato dos próprios fabricantes de celular recomendarem uma distância mínina para o uso com segurança dos aparelhos de celular, que no caso do meu aparelho é de 22 milímetros, ou seja, para fazer as ligações eu deveria mantê-lo afastado da minha orelha 22 milímetros. Mas essa informação, como destacou a pesquisadora, convenientemente não vem escrita no manual do produto, para conhecê-la é necessário baixar o Guia de Informações de Segurança no site de cada fabricante, coisa que ninguém faz.
A Dra. Davis está lançando nos EUA um livro chamado “Disconnect”, no qual discute profundamente esse tema, inclusive mostrando pesquisas que, assim como as citadas pelo meu mestre, comprovam os efeitos cancerígenos do celular, mas que são abafados por pesquisas pagas com recursos multimilionários da indústria das telecomunicações, uma das poucas que mantém lucros exorbitantes nesta época de recessão mundial.
Outro ponto chave da entrevista fala de um pesquisador brasileiro, Álvaro Augusto Almeida de Salles, professor da Faculdade de Engenharia Elétrica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), que comprovou que esses efeitos são 60% mais fortes nas crianças até 10 anos do que nos adultos. Nós sempre procurávamos evitar que o nosso filho de um ano e quatro meses brincasse com o celular (coisa que vejo muitas crianças fazendo). A partir de hoje levaremos isso definitivamente mais a sério.
Pela visão da Medicina Chinesa, nosso corpo possui uma fisiologia dependente de funções físicas e energéticas (o que chamamos de Yang) e de uma estrutura que dê suporte a essas funções (o que chamamos de Yin). Acontece que tanto um distúrbio estrutural acarreta em desarmonias funcionais, como modificações funcionais levam a distúrbios materiais. As ondas de micro-ondas emitidas pelo celular causam uma hipercirculação de Energia (Qi) e Sangue (Xue) na região (você nunca sentiu um ardor na orelha quando usa por mais tempo o celular?). Essa hipercirculação nós chamamos de “Calor”. Esse “Calor” mantido por muito tempo , como qualquer outro tipo de fonte de “Calor”, diminui e resseca os fluídos da região e causam uma aceleração das funções fisiológicas até mesmo num nível celular. Por isso promove o aparecimento de células mal-formadas com característica que lesão e de adesão.
Como solução prática a Dra. Davis sugere que usemos fones de ouvido todas as vezes que usemos o celular. Inclusive ela diz que nunca coloca o celular junto de sua cabeça (e eu sei de conhecidos que dormem junto do celular!). Já encomendei meu fone de ouvido Bluetooth nos EUA, que, segundo Magda Havas, professora associada do Institute for Health Studies da Universidade de Trent em Ontário, Canadá, também emite radiação, mas 100 vezes mais fraca do que o celular. E você, como vai lidar com essa questão?